quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Olá a todos


Olá a todos
Espero que estejam curtindo as merecidas férias. Em breve o blog desta disciplina voltará a funcionar. Os que já são de casa são convidados a permanecer, se quiserem, e receber os que estão chegando.
Abraços gerais. Evoé.
Marcio

sábado, 3 de dezembro de 2011

encerramento

Pessoal
Gostaria de confirmar o convite para um encerramento da disciplina na piscina dia 7 pela manhã. Espero voces lá. Venham de traje de banho, se quiserem, e tragam o que ou quem quiserem.
Abraços a todos
Marcio

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Pop Art

Powerpoint utilizado para o seminário:



Veja também o trailer do programa que Andy Warhol apresentava,
baseado no seu conceito de que
"no futuro, todos serão mundialmente famosos por 15 minutos."



Thais Buarque e Camila Murta

Big Bang Bag Boom!


Se alguém disser que isso não é arte eu, eu.. sei lá!

-Thais Buarque

Experiência Estética: Um passeio pelo Museu de Arte Moderna de Nova York



Por Thais Buarque


A arte modernista oferece uma fuga. Uma viagem da representação para a abstração; deixando de retratar o que está por fora para exteriozar o interior.

Interior esse que, como toda obra de arte almeja, varia de espectador para espectador. Muito mais ambígua do que a chamada “arte figurativa” , que geralmente relacionamos ao movimento renascentista, a arte abstrata é movida pela sensação, e não tanto pela reflexão.

Ao ver essa obra de Kandinsky, sou primeiramente tomada por sensações. As cores invadem a tela, direcionando a minha atenção para todos os lados e a nenhum ao mesmo tempo.

Como o próprio artista disse, “a cor é uma forma de exercer influência direta sobre a alma”. Mesmo sem entender o que ele quis dizer com sua obra, já atribuo significações de acordo com a minha interpretação. Na verdade, o que ele quis dizer não importa nesse caso. O valor da obra está no que ela significou pra mim.




Segundo Mel Gooding, “as obras abstratas devem representar algo à mente, assim como as obras figurativas apresentam uma imagem ao olho.”


Sinto discordar, mas não creio que elas sejam antagônicas a esse ponto. Na minha concepção,

a obra abstrata é uma imagem primeiro, recebida como um todo. Henri Matisse utilizava a cor como o foco de sua pintura, e embora tenha sido rotulado como “figurativo”, a abstração era muito presente em sua obra. Quanto à condição da obra abstrata ter que representar algo à mente de alguém, também discordo. Alguém que não aprecia ou não conhece arte pode se sentir completamente indiferente a uma obra, principalmente quando não a entende. Como disse antes, o valor da obra é atribuído pelo espectador, e mesmo que a apatia já seja uma reação, não passou de sensação. Não se trata de uma reflexão profunda sobre o quadro, sobre o que ele pode significar, nada.


Influências na arte abstrata


Outro artista que teve seu pé no abstracionismo foi Picasso. O cubismo se aproxima fortemente da abstracão, pois não deixa de oferecer uma perspectiva diferente da realidade. Picasso também mostrou seu “poder” de abstração ao transformar partes de uma bicicleta em um touro, animal muito presente em suas obras e que se tornou seu símbolo. Podemos perceber uma veia publicitária em Pablito, no?




Surrealismo

Chegamos então a uma das melhores partes do passeio, ao ápice da abstração: o surrealismo. Nosso amigo de bigode empertigado nos mostra que a realidade é negociável. Inspirado no sonho e na “descoberta” do inconsciente por Freud, o surrealismo visava materializar o invisível. Um dos temas que se discute sobre a estética é a morte da arte, que, segundo alguns escritores, é assasinada pela academia! Sinto um receio (culpa) ao me referir ao surrealismo no passado, como se ele não existisse mais hoje em dia. Que absurdo! Ele está em todo lugar, desde o cinema até os video-clipes da Lady Gaga. Eu não matei nada nem ninguém, ok? Agora que desabafei, vamos ao proximo ponto: soFrida Kahlo. Antes de conhecer a história de Frida, eu achava tudo muito estranho. Uma vez, entrei rapidamente no Museu de Arte da Philadelphia, e havia uma exposição dos 100 anos da Frida. Vi de longe o quadro do veado com cabeça de Frida, não me interessei e fui embora. Isso me leva a uma questão: afinal, é o processo ou o produto que importa? A arte da Frida me comove porque me remete à sua dor, que ela pintava tão fielmente através da sublimação. Pra mim, arte é isso: tornar real o impalpável. É claro que ela se sentia ofendida quando chamada de surrealista, aquilo tudo era real pra ela! O que eles queriam dizer, que ela estava delirando? Ora! É como Freud disse a Dali: “não é o inconsciente que vejo nas suas pinturas, é o consciente.”


No livro “O Porco Filosófico”, há a história de uma curadora de museu que adorava uma obra que ela pensava ser de Henry Moore. Quando descobriu que a obra tinha sido esculpida pela natureza, a pedra perdeu seu status de arte para ela. Vemos aqui outro caso de arte pelo processo, e não pelo resultado. Aliás, seria o processo o importante ou a assinatura?




Em momentos como esse, Andy Warhol está dando gargalhadas. Nós, imbecis, que pagamos milhões de dólares (quando temos) por uma banana com sua assinatura. Que gastamos o que temos e o que não temos para possuir obras que criticam justamente o que estamos fazendo. Mas o que comprei não foi a banana. Foi Warhol! Foi justamente aquela ideia que eu queria ter tido, aqueles conceitos que eu admiro no artista, e não necessariamente no objeto que ele criou. Quero que Andy viva pra sempre, que essas ideias não permaneçam só por 15 minutos... Quero que ele continue enganando todo mundo. Algumas obras nos movem pelo que são, pela sensação que nos provoca. No caso da arte de Warhol, é o conhecimento que adquiro sobre o artista e sua obra que o agrega valor. A obra, então, não passa de um meio, uma ponte. A obra não é nada mais que a materialização de algo ausente, algo que queremos alcançar.


E então

Voltemos para a mesma questão que permeia a disciplina de Estética e Linguagem desde o começo: O QUE É ARTE? É a habilidade de retratar a realidade? A transformação do irreal em real? É sublimação, é o processo? É a assinatura?

Arte é tudo que move, que provoca uma sensação, um sentimento. Deixemos de lado as regras, a renascença. A arte mudou, e vai continuar mudando. Alguns dizem que ela já morreu, que nada mais é original. Que a arte de verdade era aquela feita pra ninguém além do próprio artista. Outros afirmam que a obra precisa ser vista por alguém para se tornar arte. Faz sentido, já que ela precisa provocar algo em alguém... Mas e a expressão do artista, não conta? Deve ter significado algo pra ele, não? Então a arte de Van Gogh não era arte quando ainda desconhecida, só recebeu esse status quando a sociedade se apropriou de suas obras?







E uma máquina de simular a cólica menstrual, é arte ou ciência? A ciência é arte?
http://www.youtube.com/watch?v=2STmHsZiUr4&feature=related